Demos para o eShop do 3DS sempre são bem-vindas. E quando eu ouvi falar que Etrian Odyssey IV teria uma demo, eu simplesmente tinha que experimentar.
Diferente do caso de Fire Emblem, eu ouvi muito pouco falar dessa série. O que eu sei é que tinha dado as caras no DS, e, bom, aparentemente fez sucesso, tanto que está com três sequências.
Bom, por causa disso, eu nem sabia do que diabos o jogo iria tratar, nem quais as suas mecânicas. Por um lado, não ter o que esperar (ou não saber o que esperar) é uma coisa boa. Expectativas não são criadas, portanto não há chance de desapontamento.
No entanto, vou logo ao ponto: não gostei muito do que é apresentado...
Após a introdução da história (que me pareceu bem clichê, mas interessante), o jogo lhe permite criar seu próprio grupo, e dá uma quantidade considerável de opções. Você pode escolher diferentes tipos de magos e guerreiros para atuar nas batalhas mais à frente, o que é bom para jogadores que curtem estratégia. Eu tenho certeza que pegar somente espadachins vai me causar problemas no futuro.
Após construir seu grupo, você tem a opção de "andar" pela cidade. Andar sendo a definição de ficar navegando em menus com a imagem de fundo mudando a cada opção... Isso não foi interessante. Talvez seja uma coisa tradicional nessa série, mas... não é como você navegar em uma cidade por conta própria...
Eu admito que não passei muito tempo nela, a essa altura (cerca de 10~15 minutos), eu já estava querendo ir logo fazer uma exploração no mundo do jogo.
Depois de um bando de diálogos, o jogo finalmente me colocou na primeira área "jogável" do jogo. Imaginem minha surpresa ao ver que a perspectiva aparentemente permanente do jogo era em Primeira pessoa. Além disso, fiquei bem confuso com o que eu via. Dando uma observada nos diálogos do jogo, percebi que aquilo se tratava de um labirinto...
Eu não sou um bom jogador, jamais negarei isso, mas eu sei que adotar uma perspectiva em primeira pessoa para navegar em um labirinto é uma ideia difícil de dar certo.
E o que eu considerei ainda mais complicado é como é fácil de se perder no cenário. Se você se manter olhando sempre para a tela superior, você vai se perder, já que os cenários são muito parecidos uns com os outros.
Daí, entra um ponto interessante: você tem a opção de criar o mapa daquela área em particular. Bancar o cartógrafo é uma ideia muito atraente, não negarei. E, com o uso da tela de toque, torna-se ainda mais interessante... Sim, a ideia é boa, e creio que, para muitos, a forma como ela é aplicada no jogo não faz feio. No entanto, devo admitir que não curti muito ficar parando o tempo todo para ir desenhar no meu mapa se aquela área tem alguma parede, uma entrada para o rio, ou algo do gênero.
Agora, sabemos que isso é um RPG, e ele utiliza o sistema mais tradicional de batalhas. As batalhas em turnos ocorrem aleatoriamente, como jogos mais antigos do gênero, mas elas são bem raras, ao menos até o ponto onde joguei (acredito que seja para facilitar o desenho de mapas). Quando elas de fato ocorrem, admito que fiquei ironicamente desapontado com a ausência dos personagens na tela. Eles aparecem, mas no formato de artwork, e nem ao menos fazem sons quando estão lutando.
Pelo que pude descobrir, existem inimigos que não são aleatórios, e ficam rodando pelo mapa. Esses parecem ser bem poderosos, e suponho que exijam mais estratégia e um nível maior.
O vídeo abaixo dá uma noção do que lhe aguarda no jogo:
Se você jogar a demo, existe a boa notícia de que você poderá salvar o jogo e usar este mesmo save quando você comprar a versão completa.
Resumindo, serei sincero, não gostei muito do jogo. No entanto, vendo o enorme número de fãs que a série tem, imagino que eles sejam o publico-alvo, e não um grupo novo.
Se você é fã de Etrian Odyssey, tenho quase certeza que gostará de Legends of the Titan. Caso não, baixe a demo no eShop e veja o que você acha! Talvez você goste do que lhe será apresentado.
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